Tudo sobre o SiSU

Quem criou o SiSU foi o Ministério da Educação (MEC), órgão do Governo Federal, voltado a tornar acessível a todos e todas o acesso às universidades públicas. Há outras ações do MEC similares ao SiSU, como o Programa Universidade para Todos (ProUni), no qual você pode obter bolsas de estudos para faculdades particulares. Outra alternativa que vale a pena conferir é o Fundo de Financiamento Estudantil (FIES), em que é possível solicitar o financiamento de cursos de faculdades não gratuitas. Você entenderá melhor a diferença entre o SiSU e alguns desses programas logo abaixo!

O SiSU foi criado em 2010, ano em que foram ofertadas 47 mil vagas. No ano seguinte, quase dobrou a quantidade, chegando a mais de 83 mil bolsas disponibilizadas. Já em 2020, o SiSU ofertou 237.128 vagas, ou seja, 1.795.211 pessoas se inscreveram para estudar em uma das 128 universidades públicas cadastradas, de acordo com o Ministério da Educação. Em virtude da pandemia da Covid-19, o SiSU passou a aceitar inscrições em cursos EaD. Além disso, as instituições de ensino têm de disponibilizar uma plataforma on-line para que os estudantes encaminhem a documentação necessária à inscrição.

O SiSU tem como objetivo disponibilizar vagas gratuitas para o ensino superior para estudantes que prestaram o Enem. Além dos critérios já citados, há outros, como nota de corte, que serão detalhados mais adiante.

O SiSU e ProUni são iniciativas que visam a expandir o acesso da sociedade à universidade. Porém, apesar de compartilharem o mesmo objetivo, tais programas funcionam de maneiras diferentes. Se você está se perguntando se o SiSU tem que pagar, fique tranquilo! O SiSU oferta vagas gratuitas em universidades públicas. O que difere é o ProUni, que oferece bolsas de estudos para alunos de baixa renda realizarem o curso superior em universidades e em faculdades particulares. Entendido? O que une as duas iniciativas é o fato de ambas utilizarem a nota do Enem como um dos critérios de seleção.

Depende do seu perfil e dos seus objetivos! Se você chegou até aqui é porque pretende cursar uma graduação, correto? Você está no caminho certo para conquistar seu sucesso profissional e sua independência financeira, só não sabe se opta pelo SiSU, pelo ProUni ou por outro programa. Se você sempre quis cursar uma universidade pública por meio do Enem, vale a pena se inscrever no SiSU, pois ele exige menos requisitos do que o ProUni. Agora, se você deseja estudar em uma universidade/faculdade, cursou o Ensino Médio em uma instituição pública ou possuía bolsa integral em um colégio particular, não zerou a redação no Enem e obteve média mínima de 450 pontos na prova, vale a pena se inscrever no ProUni! O ProUni também tem outras regras para seleção, como: Possuir renda per capta de até um salário-mínimo e meio para concorrer às bolsas integrais; Possuir renda per capta de até três salários-mínimos para concorrer às bolsas parciais; Não possuir diploma de curso superior. Dica de ouro: No SiSU, você concorre com quem cursou o Ensino Médio nas redes pública e particular. Já no ProUni, concorre apenas com aqueles que fizeram o Ensino Médio na rede pública. Isso significa que você tem mais chances de conquistar uma vaga no ProUni do que no SiSU (caso atenda a todos os requisitos obrigatórios)!

Estão habilitadas a oferecer vagas pelo SiSU as universidades e os institutos federais, além de algumas universidades estaduais. São mais de 50 unidades educacionais com vagas disponíveis em todo o Brasil.

O ABI (Área Básica de Ingresso) no SiSU é uma espécie de “curso generalista”, uma vez que permite ao aluno escolher dentre duas ou mais opções de formação acadêmica ao término do ciclo básico, sendo um conjunto de disciplinas que engloba conhecimentos de diferentes vertentes. Isso é muito comum em cursos de licenciatura e de bacharelado em algumas áreas.

Podem participar do SiSU alunos que tenham concluído o Ensino Médio, prestado o Enem no ano anterior à inscrição e tirado qualquer nota diferente de zero na redação.

Não podem se inscrever no SiSU estudantes que não fizeram o Enem mais recente, ou que utilizaram números de inscrições de edições anteriores. Se você é treineiro, ou seja, não concluiu o Ensino Médio e prestou o Enem para testar seus conhecimentos, não pode se inscrever no SiSU. Além disso, não é possível se inscrever em mais de uma modalidade de concorrência para os mesmos curso e turno, na mesma instituição de ensino e local de oferta. Importante: Apresentar informações falsas ou documentos inidôneos, a serem apurados após a matrícula, resultará no cancelamento da inscrição. Esse processo é de competência exclusiva das instituições de ensino, que devem conceder possibilidade do contraditório e de ampla defesa por parte do candidato.

Sim! Porém, você tem de escolher entre ficar na sua graduação atual ou migrar para o curso escolhido na plataforma do SiSU.

A nota do Enem é avaliada pelo SiSU, que dispensa nota mínima no ato da inscrição, porém organiza as notas de corte para classificar os candidatos. Ao fazer o login, o sistema recupera automaticamente sua nota do Enem e a insere na plataforma. Lembre-se: você não pode ter zerado na redação pois, nesse caso, o sistema recusará sua inscrição.

Só é possível se inscrever no SiSU com a nota do Enem mais recente. Por exemplo: O SiSU 2024 considera a nota do Enem 2023. Mas, fique atento: as notas de corte variam de acordo com a instituição e com os cursos selecionados. Tal critério será detalhado mais adiante.

Não! O SiSU só tem uma porta de entrada: a nota do Enem. Sem ele, você não consegue se inscrever neste recurso.

Diferentemente dos anos anteriores, em 2024, a lista de espera poderá ser utilizada durante todo o ano pelas instituições de educação superior participantes para preenchimento das vagas eventualmente não ocupadas na chamada regular. O que não muda é a obrigatoriedade de demonstrar interesse para participar do processo: o candidato que não for selecionado na chamada regular poderá manifestar interesse em participar da lista de espera no período de 30 de janeiro a 7 de fevereiro, pelo Portal Único de Acesso.

Podem se inscrever na lista de espera do SiSU candidatos não selecionados na primeira etapa, desde que acessem o Boletim do Candidato, no site do SiSU, e cliquem em “participar da lista de espera” na tela da primeira opção de curso.

As inscrições para a lista de espera do SiSU 2024 estão previstas para ocorrer entre 30 de janeiro a 7 de fevereiro, segundo o MEC. Mas, atenção: Quem for recrutado na chamada regular e não se matricular, não pode participar da lista de espera. Dica: Diversas instituições podem fazer mais chamadas até o preenchimento de todas as vagas ofertadas. Porém apenas membros da lista de espera do Sisu estão aptos a concorrer a essas convocatórias adicionais, que, em alguns anos, chegam a 5 por universidade!

A nota de corte do SiSU é a nota mínima necessária para poder concorrer às vagas desejadas. A partir da abertura do período de inscrições, a nota de corte é calculada, diariamente, baseada no número de vagas oferecidas e na quantidade de candidatos a elas, naquela modalidade específica. Vamos a um cenário: determinado curso oferece 50 vagas e recebeu, no primeiro dia de inscrições, 80 candidaturas. O sistema ordena os concorrentes por nota (da mais alta à mais baixa). Nesse caso, a nota de corte consistirá na nota do 80º candidato. Lembre-se: a nota de corte varia de acordo com os cursos e com cada universidade.

Veja, abaixo, uma lista de cursos com as menores notas de corte (em média) no SiSU Até 600 pontos no Enem: cursos tecnólogos De 600 a 651 pontos: Agronomia, Biblioteconomia, Geografia, História, Letras e Sociologia De 651 a 699 pontos: Ciências Contábeis, Educação Física, Enfermagem, Farmácia, Fonoaudiologia, Pedagogia e Serviço Social De 700 a 750 pontos: Administração, Arquitetura, Engenharias (em geral), Jornalismo, Matemática e Nutrição.

O SiSU oferece três modalidades de concorrência: Ampla concorrência; Ações afirmativas; Cotas. A primeira é destinada a todos os candidatos que prestaram o Enem e não zeraram a nota de redação.

As ações afirmativas são um conjunto de iniciativas especiais voltadas a garantir o acesso à Educação a grupos historicamente discriminados ou vulneráveis.

A modalidade de ações afirmativas do SiSU não é obrigatória e é ofertada pelas instituições de ensino, cujos critérios variam de acordo com o curso e com a universidade, que oferecem desde a reserva de vagas sociais até alguns bônus especiais baseados nas notas dos candidatos.

Estão aptos a concorrer por vagas na modalidade ações afirmativas do SiSU: Pessoas pretas, pardas, indígenas e com deficiência; Estudantes de escolas públicas; Pessoas de baixa renda.

A Lei de Cotas (12.711/2012) garante aos alunos que cursaram integralmente o Ensino Médio em escolas públicas a reserva de pelo menos 50% das vagas em todas as unidades federais (por curso e turno) de educação superior vinculadas ao Ministério da Educação.

Têm direito a cotas no SiSU (via Lei de Cotas) alunos cujas famílias possuem renda igual ou inferior a um salário-mínimo e meio per capita. Também podem concorrer nessa modalidade autodeclarados pretos, pardos, indígenas, além de pessoas com deficiência.

Em geral, as modalidades de cotas e de ações afirmativas do SiSU exigem as seguintes documentações: Histórico Escolar do Ensino Médio; Termo de autodeclaração de pretos, pardos e indígenas; Declaração de composição do Núcleo Familiar; Documentos de identificação das pessoas que constam na Declaração de composição do Núcleo Familiar; Comprovante de cadastramento no CadÚnico ou Comprovante de Número de Identificação Social (NIS) dos membros constantes na Declaração de Composição do Núcleo Familiar, caso receba o benefício; Comprovantes de trabalho para assalariados, aposentados, pensionistas, trabalhadores rurais, autônomos etc. Documentos de comprovação de deficiência física, como laudo médico. É importante ficar atento às documentações solicitadas nos momentos da inscrição e da matrícula, caso você seja selecionado pelo SiSU.

O SiSU Transferência é um programa que seleciona estudantes interessados em preencher as vagas remanescentes dos processos do SiSU nas universidades e nas faculdades públicas. Caso você não tenha conseguido ingressar na universidade pública que almejou por meio do processo seletivo do SiSU, vale a pena buscar essa nova oportunidade, que dispensa a realização de um novo Enem por parte do candidato. A iniciativa é do Ministério da Educação e foi criada em 2018 para atender a uma lacuna inicial de mais de 160 mil vagas. Como tais vagas são disponibilizadas já com os cursos em andamento, podem participar do SiSU Transferência apenas estudantes matriculados em alguma instituição de ensino superior e que desejam pedir transferência.

Assim como nos outros cursos, você pode usar a nota do Enem para entrar numa faculdade de Medicina, sem ter de fazer outras provas. Porém, a concorrência do curso faz com que a nota de corte esteja entre as mais elevadas. Além disso, nem todas as faculdades de Medicina aceitam somente a nota do Enem.

Para saber se passou no SiSU, você pode consultar o boletim do candidato, na página do SiSU, nas instituições participantes, ou entrar em contato com a Central de Atendimento do Ministério da Educação, no telefone 0800-616161. Após a confirmação e a matrícula, você pode começar a se preparar para a nova etapa da sua vida: a faculdade! Tenha em mente que, caso você tenha conquistado uma vaga via SiSU, é bom já se organizar desde o início de sua graduação.

Se o resultado realmente não tiver sido aquele que você esperou, não se culpe. Essa prova vai identificar o conhecimento em algumas habilidades, mas muitos fatores podem prejudicar a forma como você vai se sair no final das contas.

Muitas vezes, alunos muito bem preparados em todas as matérias estavam passando por um momento mais conturbado naqueles dois dias de prova, o que influencia no resultado. Ou, ainda, ficaram mais nervosos do que o normal, fazendo com que errassem questões sobre tópicos que conheciam como ninguém.

Independentemente de qual seja o contexto, o ideal é que você mantenha a cabeça fria, saiba que existem muitos outros caminhos e que aquele resultado não define a sua competência e as inúmeras possibilidades que ainda contará para entrar na universidade!